Projeto Trilhas e Mirante do Morro do Forte
Equipe da empresa Plantae Consultoria Ambiental em reunião de planejamento do inventário ambiental © Roberto M.F. Mourão, 2005
Inventário Ambiental / Resumo
Promoção: | Fundação Roberto Marinho (FRM) |
Parceiros: | Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) |
Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) | |
Apoio: | Forte Defensor Perpétuo, Paraty |
EcoBrasil: | Roberto M.F. Mourão, coordenador |
Inventário: | Plantae Consultoria Ambiental |
Avifauna: | Luciano Lima, ornitólogo |
Flora
Analisando a flora in loco pôde-se constatar a ocorrência de espécies de diferentes ecossistemas, como de florestas ombrófila densa, floresta estacional semidecidual, costão, restinga e manguezal, ambos se interagem buscando o reequilíbrio ambiental.
A equipe de topografia cadastrou 600 árvores ao longo das trilhas para que se possa destacar as espécies relevantes para a interpretação. O fato da área ser antropizada, pode-se classificá-la como floresta secundária, a qual se encontra em processo de regeneração natural.
As características da vegetação florestal presente na área de estudo pode ser definida de modo geral como Floresta Ombrófila de Terras Baixas, em estágio médio de regeneração natural com clareiras em estágio inicial.
Um grupo florístico que se destaca no local é das bromélias, facilmente visualizadas, apresentando diferentes espécies.
Este grupo chama atenção dos visitantes por sua beleza e quantidade, além da significância ecológica para este ecossistema, pois destas plantas dependem os ciclos de vida de uma série de animais como pequenos anfíbios e insetos.
A incidência deste grupo está correlacionada com a umidade regional.
Mastofauna
Foram diagnosticadas 7 (sete) espécies de mamíferos até o sexto dia de campanha de levantamento de fauna, distribuídas entre 6 (seis) famílias (Didelphidae, Erethizontidae, Muridae, Sciuridae, Cebidae e Dasypodidae) e 4 (quatro) ordens (Rodentia, Didelphimorphia, Primates e Cingulata).
Em relação às famílias, Didelphidae foi a mais representativa do total de espécies registradas. Para as ordens, Rodentia e Didelphimorphia foram as que apresentaram maiores representatividades dos registros.
A mais conhecida espécie desta família é o gambá (gambá-de-orelha-preta - Didelphis aurita), também chamado mucura na Amazônia e na Região Sul do Brasil, sarigué, sariguê, saruê ou sarigueia da Bahia a Pernambuco e Paraíba, timbu no Rio Grande do Norte, cassaco no Ceará, micurê no Mato Grosso, raposa no Paraná, e taibu, tacaca, saurê ou ticaca em São Paulo e Minas Gerais. É um mamífero marsupial que habita desde o sul dos Estados Unidos até a América do Sul.
Luciano Lima, ornitólogo coordenador, Robson "Baiano" Silva, da Plantae, observam aves © Roberto M.F. Mourão, 2005
Avifauna
Foram registradas durante os trabalhos de campo no Morro do Forte 114 espécies de aves, as quais estão distribuídas em 43 famílias e 17 ordens. O total de espécies registradas representa 12,7% do total de aves da Mata Atlântica, 14,9 % do total do Estado do Rio de Janeiro e 24,8% do total das espécies registradas para Paraty.
Apesar do esforço amostral relativamente curto e restrito a uma única época do ano, e considerando que a área em estudo está inteiramente situada dentro da matriz urbana do Município de Paraty, considera-se a quantidade de espécies registradas expressiva.
As aves estão despertando um interesse crescente promovido por seu potencial econômico no ecoturismo. Pássaros, em geral, causam fascínio pela variação de cantos naturalmente afinados que saem de suas pequenas gargantas. Mas há também aqueles que enchem os olhos de quem os vê pela exuberância das cores que tingem suas penas.
Desse grupo fazem parte as diversas espécies de saíras ou tangarás (do Tupi-guarani: atá - cará = andar aos saltos - o pulador, dançarino), algumas das quais em extinção por conta da destruição de seu hábitat na natureza.
Frugívoras, as aves possuem bico cônico, com comprimento entre 12 e 14 centímetros e peso que oscila de 18 a 26 gramas. Entre as variedades que existem, há algumas que vivem em bando ou até em colônias mistas, enquanto outras não aceitam que machos e fêmeas dividam o mesmo ambiente. Os casais se juntam apenas para realizar o acasalamento. Primavera e verão são as estações quando ocorre a reprodução das aves.
Tangara Sai-verde (Chlorophanes spiza) |
Saíra-de-sete-cores (Tangara seledon) |
Sairas militar |
Saíra militar (Tangara cyanocephala) |
Tie-preto (Tachyphonus coronatus) |
Tie-sangue (Ramphocelus bresilius) |
Galeria de fotos de Tangarás ou Saíras © cortesia João Quental jquental@gmail.com |
Outra família de pássaros que se destacam são os Beija-flores ou Colibris, da família Trochilidae, composta por 108 gêneros e 322 espécies conhecidas. Aves de cores brilhantes, também denominada cuitelo, chupa-flor, pica-flor, chupa-mel, binga, guanambi, guinumbi, guainumbi, que se alimenta do néctar das flores. Seu vôo é muito rápido e a plumagem tem reflexos metálicos.
Os beija-flores são aves de pequeno porte, que medem em média de seis a doze centímetros de comprimento e pesam de dois a seis gramas. O bico é normalmente longo, mas o formato preciso varia bastante com a espécie e está adaptado ao formato da flor que constitui a base da alimentação de cada tipo de beija-flor. Uma característica comum é a língua bifurcada e extensível, usada para extrair o néctar das flores.
O esqueleto e constituição muscular dos beija-flores estão adaptados de forma a permitir um voo rápido e extremamente ágil. São as únicas aves capazes de voar em marcha-ré e de permanecer imóveis no ar. O batimento das asas é muito rápido e as espécies menores podem bater as asas de setenta a oitenta vezes por segundo. Em contraste, as patas dos beija-flores são pequenas demais para a ave caminhar sobre o solo. As fêmeas são, em geral, maiores que os machos, mas apresentam coloração menos intensa. Vivem, em média, doze anos e seu tempo de incubação é de treze a quinze dias.
Tal como a maioria das aves, o sentido do olfato não está muito desenvolvido nos beija-flores; a visão, no entanto, é muito apurada. Além de poderem identificar cores, os beija-flores são dos poucos vertebrados capazes de detectar cores no espectro ultravioleta. A alimentação dos beija-flores é baseada em néctar (cerca de noventa por cento) e artrópodes, em particular moscas e formigas. Os beija-flores são poligâmicos.
Beija-flor cinza (Aphantochroa cirrochloris) |
Beija-flor de banda-branca (Amazilia versicolor) |
Beija-flor preto (Florisuga fusca) |
Beija-flor de veste-preta (Anthracothorax Nigricollis) |
Estrelinha ametista (Calliphlox amethystina) |
Beija-flor rubi (Clytolaema rubricauda) |
Galeria de fotos de Beija-flores ou Colibris © cortesia João Quental jquental@gmail.com |
Membros das equipes de topografia e da Plantae discutem identificação de espécie arbórea © Roberto M.F. Mourão, 2007
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