História da Corrida de Aventura

O conceito "Corrida de Aventura" foi criado pelo jornalista francês Gerárd Fusil em 1989, na Nova Zelândia, quando criou a empresa Raid Gauloises, dando início a uma atividade que promove eventos nacional e internacionalmente envolvendo atletas, organizadores e empresas patrocinadoras. Por iniciativa do Gauloises, foi criado o Circuito Mundial de Corridas de Aventuras (AR World Series).

Atualmente, a maior corrida do mundo é o Eco-Challenge, do expedicionário norte-americano Mark Burnett, com ampla cobertura pela midia internacional. Posteriormente Burnett criou um dos programas televisivos de maior sucesso nos últimos anos - baseado no duo "aventura + desafio + limites psicológicos", ele criou o reality show "Survivor".

Na Nova Zelândia, ocorre outra corrida famosa, o Southern Traverse, na ilha Sul do país. Quando disputado ao norte, ganha nome de Northern Traverse.

Foi na Nova Zelândia, em 1997, que o brasileiro Alexandre Freitas teve a idéia de importar as corridas de aventura para o Brasil, que teve sua primeira corrida de aventura em 1998, com a Expedição Mata Atlântica - EMA, que hoje pertence ao circuito mundial e é a única etapa sul-americana.

Em 1999, o Eco-Challenge foi realizado na Argentina, na região da Patagônia. Até hoje foi a única etapa da prova na América do Sul. Cenários exóticos são uma eterna busca de Burnett, que já realizou outras edições no Marrocos, Filipinas (Bornéo) e Ilhas Fiji.

O Nordeste brasileiro foi sede de uma corrida internacional. Em abril de 2000, o Elf-Authentique Aventure, idealizada por Fusil, cruzou os estados do Maranhão, Piauí e Ceará, em mais de 850 km de percurso. A prova passou por lugares exuberantes, como os Lençóis Maranhenses.

As equipes norte-americanas e os neo-zelandesas são as duas potências da corrida de aventura atualmente, tendo vencidos as principais provas no mundo. O Brasil tem sido representado nas principais corridas realizadas.

Corrida de Aventura no Brasil

Em 1997, o empresário paulista Alexandre Freitas, após participar de uma corrida de aventura na Nova Zelândia (Southern Traverse) gostou tanto do que vivenciou que resolveu implantá-la em nosso país, passando a se dedicar integralmente a este novo projeto. Segundo ele, alia o prazer do esporte a uma nova visão, um novo estilo de vida que integra o homem à natureza, ao esporte e à conscientização da necessidade de preservação ambiental.

Criou assim a Sociedade Brasileira de Corridas de Aventura (SBCA), que organizou a primeira corrida de aventura do país, a Expedição Mata Atlântica (EMA), em outubro de 1998. Com 30 equipes participantes, a vitória foi para a KJ, da Nova  Zelândia.

Desde então, o trabalho da Sociedade Brasileira de Corridas de Aventura (SBCA) está sendo o de fomentar o crescimento sólido e duradouro das corridas de aventura, tendo inspirado outros organizadores , tendo sido formado o Circuito Brasileiro de Corridas de Aventura, também por iniciativa da CBCA, compreendendo provas mais curtas e a própria EMA, houve um boom neste tipo de competição. 

O evento chegou a deixar a região de Mata Atlântica, que lhe dá nome, para ter edição na Amazônia, em 2001. Outros destaques - Outras corridas e circuitos se destacam no cenário brasileiro, entre elas a Rio Eco, o Ecomotion Circuit e o Circuito Nordestino.

Devido ao interesse crescente de iniciantes, surgiram nos últimos anos as clínicas de corridas de aventura e minicorridas, especialmente desenvolvidas para esse público. Entre eles estão o Raid Brotas Discovery, a EMA-Escola, o Adventure Camp e o Short Adventure.

Tipos de Corrida de Aventura

Nascendo com uma corrida de 10 dias de duração - o Raid Gauloises, em 1989, na Nova Zelândia) as corridas de aventura têm evoluído para novas distâncias.

Curtas
São as que têm de três a sete horas de duração. 
Exemplos: 
Adventure Camp Race, corrida didática para estreantes, na qual praticamente todos competidores completam o percurso;
Short Adventure, corrida urbana e rústica inaugurada em 2002;
EMA Series
- Hi-Tec Adventure
.

Corrida 24 horas
Provas começam num dia e terminam no outro; nelas os competidores varam a noite e não descansam, normalmente.
Exemplos:
Ecomotion
Mini EMA,

Corrida com mais de 24 horas
Em corrida com mais de dois dias os planejamentos mudam muito, de equipe para equipe. Algumas descansam algumas horas, outras preferem não parar nenhum minuto. Normalmente a maior mudança de resultados acontece durante a noite.
Exemplos:
Raid Terra
EMA
Ecomotion

Expedições
São as corridas mais longas, com mais de cinco dias. As equipes montam uma estratégia complexa, determinando quando e quanto vão descansar durante esses dias. É quase impossível terminar uma expedition race sem dormir em nenhum momento.
Exemplos:
Raid Gauloises
Eco-Challenge 

Modalidades da Corrida de Aventura

A maioria das corridas de aventura tem as seguintes modalidades presentes durante a prova: orientação, trekking, mountain bike, canoagem e técnicas verticais.

A orientação consiste em você se localizar na região por meio de mapa e bússola, percorrendo assim, através das coordenadas, o caminho correto para passar em todos os postos de controle (PC) e chegar ao final da prova.

O trekking é uma caminhada que às vezes pode virar uma corrida, dependendo da disposição do atleta. Pode acontecer em trechos de asfalto, mas o mais comum é ser realizado em estradas de terra e em trilhas no meio do mato.

Outra modalidade que está sempre presente é o mountain bike que, como o próprio nome já diz, basta pegar uma bicicleta apropriada e ter muito fôlego para encarar subidas e decidas por terrenos diferenciados.

A canoagem normalmente é feita em botes infláveis, os chamados ducks, ou ainda em canoas canadenses. As canoas havaianas também já fizeram parte de uma competição.

As técnicas verticais mais usadas durante as corridas de aventura são o rapel e a tirolesa. Quando “rapela”, o aventureiro se utiliza de uma corda, que deve estar seguramente ancorada, para descer uma superfície, usando artifícios de atrito para o controle da velocidade. A tirolesa é uma travessia horizontal em corda fixa suspensa do solo.

Diferencial

Dependendo da região em que a prova é realizada, são praticadas modalidades diferentes das tradicionais. 

Patins in line, costeira (andar sobre pedras), vela e mergulho já fizeram parte de corridas de aventura no Brasil e no mundo. 

Animais como cavalos também já foram utilizados em algumas provas; também alguns organizadores escolhem usar animais típico da região do evento, onde são usados como meio de transporte; a inovação inclui elefantes e camelos.